Conforme tenho colocado em nosso Blog existe a necessidade de fortalecimento de uma agenda de debate das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde principalmente no cenário de um ano eleitoral, onde os projetos de governo e de sociedade estão sendo formulados, discutidos e apresentados.
Neste sentido, o espaço do PICS na Pauta é um espaço de defesa do nosso Sistema Único de Saúde reafirmando os princípios dele ser público, universal, integral e de qualidade. É neste SUS, que entendemos o grande potencial das PICS, de forma a garantir a oferta de um modelo de cuidado ampliado, integral, e que promova a autonomia dos sujeitos e comunidades. Assim, temos produzidos diversos materiais, como artigos, vídeos, lives e post. Queremos ampliar a nossa interação no espaço do Fórum, e trazer parceiros para ampliar nossas ações.
Neste sentido, considerando a agenda que já divulgamos anteriormente (https://www.picsnapauta.com.br/post/uma-agenda-nacional-para-as-pics), segue uma proposta de texto para apresentação, aos candidatos que realmente defendem as PICS e o Sistema Único de Saúde, para inclusão nos planos de Governo.
Nos seguiremos aprofundando o debate e produzindo documentos que embasem o texto, com dados, artigos, etc.
Proposta de texto:
Entendemos que a saúde é muito mais que a ausência de doenças, e seguindo as diretrizes da Organização Mundial da Saúde de valorizar e implementar as Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas nos sistemas nacionais de saúde, buscando garantir a segurança, qualidade e eficiência dessas práticas. Serão fortalecidas as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, principalmente na atenção primária e nas linhas de cuidado prioritárias, a partir das evidências científicas e empíricas, de forma a aumentar a resolutividade do cuidado em saúde.
O governo investirá na implantação das Farmácias Vivas, jardins terapêuticos e hortos municipais de forma a ampliar o acesso aos Plantas Medicinais e Fitoterápicos, reconhecendo os saberes tradicionais, aliando com o conhecimento científico, de forma a ampliar as opções terapêuticas no SUS e estimulando a troca de saberes a partir dos serviços de saúde.
Entendemos que a cadeia de valor de plantas medicinais tem múltiplos potenciais, como a fixação dos agricultores familiares e comunidades tradicionais na terra, a geração de renda, a diminuição da desigualdade, a conservação sustentável dos nossos biomas, a geração de empreendimentos, geração de pesquisa, inovação e desenvolvimento, a geração de novos fármacos, o resgate dos saberes tradicionais, e o fortalecimento do SUS. Desta forma o governo investirá nas diversas etapas da cadeia de valor de Plantas Medicinais, fortalecendo os elos mais frágeis e garantindo o desenvolvimento do potencial de nossa sociobiodiversidade e bioeconomia.
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